Na última semana, em
Garopaba, estudantes secundaristas do colégio Professor José Rodrigues Lopes,
manifestaram de forma pacífica sua insatisfação com a resolução do governo do
Estado que propõe uma “reenturmação” de alunos, aumentando o número de
estudantes por sala de aula. O pretexto é fazer “economia”. Para tanto, a fórmula
do governo é muito simples: aumenta-se o número de crianças por sala de aula
unindo turmas e se demite professores com contrato temporário, e o que sobra
vai pro caixa do governo (que pode usar estes recursos “sabiamente”, como por
exemplo, sustentando verdadeiros batalhões de cargos comissionados, normalmente
cabos eleitorais, esparramados por toda Santa Catarina – e ano que vem tem
eleição). Obviamente, salas de aula mais cheias, com excesso de alunos em
espaço físico limitado, não contribuem em nada para o melhoramento da qualidade
da aprendizagem, ao contrário, representa um retrocesso na educação pública.
Educação, saúde e segurança pública não são gastos, mas investimentos
imprescindíveis para nossa sociedade. A manifestação foi amplamente noticiada
por emissoras de rádio, mídias impressas e principalmente redes sociais.
Entendemos que os estudantes são o futuro de nossa cidade, de nosso Estado e de
nossa nação. Entendemos que nossos representantes – eleitos pelo povo – têm, ou
deveriam ter a função de nos representar. Entretanto, apenas 1 (um) único
vereador divulgou nota nas redes sociais expondo sua opinião sobre o assunto.
São nestes momentos que verificamos se os “representantes do povo” estão
comprometidos com seus partidos ou de fato com quem os elegeu – o povo. O
exemplo do vereador Jean Ricardo deveria ser seguido por todos os seus colegas
de câmara. Mesmo estando em nível local, estes vereadores podem fazer ecoar
suas opiniões entre os seus deputados estaduais (diga-se de passagem, todos são
da base governista de Raimundo Colombo, independente de partido político), o
que pode interferir diretamente na causa destas centenas de estudantes
garopabenses. A cadeira legislativa de Garopaba não deve servir apenas para
prover rendimentos superiores a R$ 6.000,00 mensais a seus ocupantes. É dever
moral do legislador municipal se envolver nas causas populares. Pelas redes
sociais, estudantes se organizam para uma manifestação na Câmara Municipal dia
7 de maio. Esperamos que sejam bem recebidos, que tenham sucesso em sua
empreitada e sigam dando lições de cidadania a todos aqueles que precisam e que
queiram aprender com estes jovens.
Os estudantes de Garopaba, que precisam utilizar o transporte escolar no período noturno com destino a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Florianópolis, estão indignados. E com toda a razão. Enquanto a prefeitura disponibiliza GRATUITAMENTE cinco ônibus diários para uma universidade privada situada em Tubarão (UNISUL) não é capaz de disponibilizar transporte gratuito no mesmo período para a universidade federal (pública) situada em Florianópolis. A distância entre Garopaba e Tubarão ou Garopaba e Florianópolis são os mesmo 80 quilômetros. Por que será que a Prefeitura municipal por intermédio de sua secretaria de educação fornece cinco ônibus de graça para os estudantes da UNISUL e disponibiliza um único ônibus para os estudantes da UFSC, cobrando uma taxa de R$ 135,00 por mês? Este ônibus é privado? E tem mais: este único ônibus com destino a Florianópolis tem mais buracos que um queijo suíço e em dias de chuva a alunada sofre com as goteiras. Dá até pra
Mesmo estando em nível local, estes vereadores podem fazer ecoar suas opiniões entre os seus deputados estaduais (diga-se de passagem, todos são da base governista de Raimundo Colombo, independente de partido político), Ai esta o X da questão, nossos vereadores preferem não se comprometer e vão empurrando, difícil é vê-los tomar posição pelo que é correto em prol da população, falta comprometimento da parte de nossos vereadores.
ResponderExcluirTenho medo do que pode se transformar a educação em SC dentro dos próximos anos. É lamentável.
ResponderExcluirO governo arregou e na última hora voltou atrás na ideia de reenturmação. Ia arrumar pra cabeça, tá todo mundo mobilizado!
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