HERANÇA MALDITA

Era para durar muito, mas durou muito pouco: No Brasil, se tornou cultural descontinuar projetos adotados por antecessores políticos. Para muitos, é algo que torna difícil a gestão pública. Mas o que dizer de projetos malsucedidos que “caem no colo” de quem chega? “Elefantes brancos”, “obras eleitoreiras”, “bombas-relógio”, etc. Estes são alguns dos muitos apelidos que podem ser empregados para definir este tipo de herança. Um exemplo pertinente ao assunto, pode ser o caso da rua Ivo Joaquim Cardozo, onde está situada a escola municipal de Areias de Palhocinha. Há pouco mais de dois anos atrás, num formidável rompante de “genialidade” se resolveu pavimentar a rua com “anti-pó” (material tão resistente ao tráfego e a ação do tempo quanto aspirinas são resistentes a água) e hoje, o resultado pode ser observado por todos: buracos e mais buracos. Tudo bancado com o dinheiro público. Moral da história: O que é malfeito tem de ser refeito, e o que já foi pago, terá de ser pago novamente. A falta de responsabilidade de uns, recai sobre os ombros de outros – uma verdadeira herança maldita. Quem ganha com isso? Que as cagadas os erros do passado sirvam como exemplo para o futuro. Que as próximas obras não sejam feitas no ardil político de meras pretensões eleitoreiras, mas com responsabilidade e pensamento na coletividade – para durar muito tempo. Afinal de contas, dinheiro do IPTU (bem salgado, por sinal) não é capim.

- PS: Do contrário, antes mesmo de você acabar de pagar o financiamento de seu carro zero km em 36 vezes, ele já estará rodando sobre buracos!

- PS II: Que teu próximo automóvel tenha tração nas quatro rodas (ou nas quatro patas)!