GAROPABA: O CAOS NA SAÚDE É AQUI

O Direito à saúde é parte de um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, que têm como inspiração o valor da igualdade entre as pessoas. No Brasil este direito apenas foi reconhecido na Constituição Federal de 1988, antes disso o Estado apenas oferecia atendimento à saúde para trabalhadores com carteira assinada e suas famílias, as outras pessoas tinham acesso a estes serviços como um favor e não como um direito. Durante a Constituinte de 1988 as responsabilidades do Estado são repensadas e promover a saúde de todos passa a ser seu dever. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação”. Constituição Federal de 1988, artigo 196.
Que a situação da saúde pública no município anda calamitosa, todos já sabemos. E não é de hoje. Alguns problemas já foram até matéria desse blog (veja: http://www.garopabaalerta.blogspot.com.br/2012/02/cidadao-publica-no-mural-do-facebook-da.html).
Há quem reclame da escassez de médicos, há outros que se queixam da falta de medicamentos de uso contínuo. Mas não pára por aí. Uma área que tem tratamento precário é a marcação de exames através do SUS. Em Garopaba a situação anda bem ruim. A julgar pelo tamanho das filas de obtenção de fichas para a realização de exames laboratoriais, a quantidade de vagas disponibilizadas parece ser bem inferior ao da demanda existente. Chegamos ao cúmulo do ridículo: há pouco mais de uma semana, no centro, idosos e grávidas aguardavam sentados no chão a marcação de exames. Tem usuário do sistema chegando de madrugada para ter assistido um direito básico.
Na última campanha eleitoral não faltaram promessas. Mas qual é a triste realidade de Garopaba? Apesar de tantas promessas, continuamos com um posto central deficiente, sem hospital, sem maternidade e sem UPA. Um verdadeiro “Deus nos acuda”. Como justificar?
Curriculum Vitae é o mínimo que se pode exigir para quem ocupa um cargo de Secretário de Saúde, de tamanha importância que é o referido cargo para o bem estar social dos garopabenses.
Infelizmente não é assim que pensa a cúpula pemedebista/pessedista encabeçada pelo generoso marido e prefeito Luiz Nestor, que empossou a primeira dama no cargo. Por que não destinar um cargo tão importante para alguém com perfil técnico, com formação na área, tal como médico, enfermeiro, fisioterapeuta ou dentista? Só mesmo quem depende da saúde pública sabe o quanto ela está deixando a desejar.
DO JEITO QUE ESTÁ NÃO PODE CONTINUAR!