Já estamos em dezembro, fim da primavera. Aproxima-se o verão e com ele, tem inicio a alta temporada – para muitos a principal época do ano para ampliar a renda familiar. Para outros, o momento de descanso aguardado o ano inteiro. Em Garopaba, assim como em muitas outras cidades litorâneas, o espaço entre o natal e o carnaval representa a esperança de arrecadação de recursos que se destinarão ao sustento de muitos lares não apenas no curto verão, mas ao longo do extenso e duradouro inverno. Locais privilegiados pela natureza, obviamente possuem um trunfo a mais para atrair turistas, sobretudo aqueles que buscam estar em harmonia com o meio ambiente, visitando belas praias, lagoas e dunas à beira-mar.
Entretanto, apenas isso não basta para o pleno êxito das atividades turísticas. É da maior importância o gerenciamento eficaz, associado a políticas abrangentes e sólidas voltadas para a área. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar. Simplesmente não adianta elaborar o melhor plano turístico para uma região se não observada a questão da capacidade da demanda que o local pode absorver. Ignorado este aspecto, a qualidade do turismo pode ficar comprometida.
Atualmente, em nosso município, quase todos os que dependem desta época do ano para sobrevivência ficam à mercê das condições climáticas. Se há sol, as praias lotam, os turistas gastam seu dinheiro e ficam mais tempo na cidade. Se há chuva, o cenário se altera, com conseqüências negativas. O turista aparece em menor número, permanece menos tempo e gasta menos. É preciso alterar esta lógica, oferecendo opções diferenciadas e diversificadas de turismo, que não se vinculem apenas às paisagens naturais e atraiam visitantes em todas as estações. Nos últimos finais de semana, a chuva marcou presença. Felizmente, sem grande intensidade. Tomara que a chuva não se faça intensa e freqüente nesta temporada, do contrário todos sentiremos direta ou indiretamente os efeitos da escassez de políticas eficientes direcionadas para o setor.
Os estudantes de Garopaba, que precisam utilizar o transporte escolar no período noturno com destino a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Florianópolis, estão indignados. E com toda a razão. Enquanto a prefeitura disponibiliza GRATUITAMENTE cinco ônibus diários para uma universidade privada situada em Tubarão (UNISUL) não é capaz de disponibilizar transporte gratuito no mesmo período para a universidade federal (pública) situada em Florianópolis. A distância entre Garopaba e Tubarão ou Garopaba e Florianópolis são os mesmo 80 quilômetros. Por que será que a Prefeitura municipal por intermédio de sua secretaria de educação fornece cinco ônibus de graça para os estudantes da UNISUL e disponibiliza um único ônibus para os estudantes da UFSC, cobrando uma taxa de R$ 135,00 por mês? Este ônibus é privado? E tem mais: este único ônibus com destino a Florianópolis tem mais buracos que um queijo suíço e em dias de chuva a alunada sofre com as goteiras. Dá até pra
O turismo em Garopaba está praticamente resumido às praias. Em matéria de turismo ainda estamos na idade da pedra.
ResponderExcluirBoa tarde! estava navegando pelos blogs catarinenses quando deparei-me com este, muito eloquente e objetivo.Gostei da exploração do nicho local da forma como está proposta. Apenas sugeriria fugir da tendência "bula de remédio" e usar uma fonte maior para que a leitura seja mais fácil, natural e aprazível. parabéns e obrigado.
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