TRANSPORTE PÚBLICO EM GAROPABA: DESCASO E ABANDONO

Esta poderia ser a crônica de uma tragédia anunciada. Este blog, na última segunda-feira denunciou o estado de total abandono em que se encontra o transporte público em Garopaba. Profeticamente, na mesma semana, a cobertura de concreto de um abrigo de ônibus literalmente DESABOU, na Rodovia SC – 434, Km 05, em Areias de Palhocinha, nas imediações de uma escola municipal. Por sorte (por muita sorte mesmo!) ninguém se encontrava sob a cobertura no momento do desabamento. Agradeçamos a Deus por isto. A pesada estrutura, como ilustra a foto, poderia ferir gravemente ou até mesmo matar quem ali se encontrasse, abrigado no instante da queda. Já que perguntar não ofende: Quem seria RESPONSABILIZADO por um eventual acidente deste porte? Quem arcaria com o ônus do descaso, da omissão e abandono destes abrigos e também do transporte público, que possui milhares de usuários no município? Será que alguma “autoridade” teria a decência e a hombridade (vulga “vergonha na cara”) de chamar para si tamanha responsabilidade depois de ocorrida uma tragédia? Ou hipocritamente teríamos todos de lamentar em uma só voz mais esta “fatalidade”? Não adianta chorar pelo leite derramado. O que temos são abrigos inseguros, sujos, escuros e abandonados. A falta de competência e sensibilidade no setor aqui chegou e se instalou (se esparrama e faz festa!). E parece ser crônica. Todos os dias a população se vê forçada a conviver com esta realidade. Já passou da hora de vigorar uma padronização que confira segurança e algum conforto a estes abrigos, zelando pelo bem estar dos usuários. Prefeitura não existe apenas para recolher impostos e sustentar comissionados que se esbarram no ócio entediante das fagueiras tardes de outono. Este desabamento foi apenas um alerta, prova concreta do descaso do poder público municipal para com seus munícipes. Não caiu de graça, não caiu do nada e não caiu à toa – os longos anos sem manutenção mostram neste abril sua cara horrenda. É melhor prevenir que remediar. Antes que seja tarde demais. Do jeito que está não pode continuar!