ANTIPÓ, O ASFALTO DE PEGAR OTÁRIO

      

É uma tecnologia antiga, que apesar de empregada há muitas décadas, acumula críticas e reclamações. Constitui-se de uma fina camada de asfalto sobre o saibro, o que torna sua implantação rápida e relativamente barata. Mas não se engane, o barato sai caro. Trata-se de uma bomba-relógio, menos resistente e muito mais sensível ao tráfego e a ação do tempo (famoso “asfalto aspirina”: se desmancha com
água), sua vida útil é bem menor e dentro de pouco tempo fica repleto de buracos. Sua implantação é barata, mas sua manutenção o faz caro.
Deteriora-se com maior facilidade que as demais alternativas de pavimentação e necessita de reparos constantes. Adivinha quem paga esta conta? Exatamente, todos nós simplórios contribuintes.
       É bonitinho quando pronto, só que dura pouco tempo. Faltando menos de um ano para as eleições municipais, esse “asfalto faz-de-conta” está sendo empregado em diferentes ruas de Garopaba (por que a opção por antipó às portas do pleito municipal?). O resultado desta opção pouco inteligente já está aparecendo. As imagens falam mais do que as palavras. Analise as fotos e tire suas próprias conclusões. São obras de pouquíssimos meses. Imagine só como estariam agora se tivessem sido feitas no início da atual gestão, alguns anos atrás. Esta opção é tão porca, que foi rejeitada em Curitiba (PR) há pouco mais de um ano. A capital paranaense é tida como a “capital verde” do país. Boas idéias devem ser seguidas por todas as cidades. Que o exemplo de Curitiba nos sirva de lição. Segue excelente matéria sobre o antipó em Curitiba.
Confiram abaixo.

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Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/blog/caixazero/?id=1012497&tit=antipo-sera-proibido
 A Comissão de Serviço Público da Câmara de Curitiba acaba, realmente, de prestar um serviço ao público. Apresentou um projeto proibindo um uso de antipó no município. Fez bem: antipó é asfalto de segunda categoria. Como não temos cidadãos de segunda categoria, todos deveriam ter acesso a asfalto de verdade.

Reportagem da Gazeta, escrita pelo grande Ari Silveira, mostrou nos últimos dias a buraqueira que a cidade enfrenta. Curitiba é uma cidade rica, não precisaria passar por isso. A cidade tem até mesmo usina de asfalto.
Antipó só é bom para uma coisa: fazer política em época de eleição.
Depois que a rua está toda estourada, o vereador e o prefeito vão lá, fazem um "tapa buraco" e ficam parecendo os heróis da resistência.
Só neste ano, os vereadores de Curitiba já pediram 2,4 mil operações tapa buraco. Ou seja: 2,4 mil operações caras e que servem para eles mostrarem um trabalho que, antes de mais nada, não precisaria ser feito se a prefeitura tivesse feito um trabalho decente antes.